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Fotografias são saudades reveladas

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tanto faz






Tanto faz se é noite ou dia, se é tarde ou cedo, se é inverno ou verão. Tanto faz se é quente ou frio, outono ou primavera.




Tanto faz a lua ou as estrelas. A brisa ou a tempestade. O escuro ou claridade. A chuva ou o sol.

Tanto faz o dia, tanto faz a hora, tanto faz o silêncio ou barulho. Tanto faz eu ou o breu. A ausência ou presença. A música ou a dança. O certo ou duvidoso. O sim ou não, tanto faz.

Tanto faz o riso ou o choro. A dor ou alegria.

Tanto faz se a saudade está de partida ou chegada.

Sem você, tanto faz.
Tanto faz o riso ou o choro. A dor ou alegria.
Tanto faz se a saudade está de partida ou chegada.
Sem você, tanto faz.

Ita Portugal



Eu sou, sem morrer no acaso, sem fazer cerimônia, sem dormir no ponto, sem esquecer as dores.
Eu sou, e antes de pertencer aos conceitos, às regras e situações, sou da minha investigação particular, sou do meu tempo. Sou do ócio, da preguiça e do prazer pelo nada. Sou também da pressa pelo afeto. Do silêncio que reluta em existir. Sou dos outros quando quero e geralmente na hora errada,, sou de mim mesma por necessidade da solidão.

Eu sou do mundo e principalmente do meu mundo habitado pela alegria mesmo que passageira. Sou dos atalhos por pressa, sou da ventania por impaciência. Sou do mato por natureza. Sou da banalidade pela extrema necessidade de desafogar as culpas.

Sou do afeto que me destinei. Do meu cotidiano. Sou do dia atarefado. Da noite escura. Do infinito do mar.

Sou da ilusão. Das confusas idas e vindas. Da insistência pela história. Sou de acreditar. De me perder nos romances. De entregas e depois arrependimentos. Sou da saudade dolorida. Das esperas angustiantes.

Sou da minha vasta imaginação. Da sobrevivência. Das tristezas ocasionais. Das perguntas sem respostas. Das respostas sem perguntas.

Sou dos planos sem motivos. Sou de tudo e às vezes do nada. Da fuga por medo. Da razão por obrigação. Da reza por devoção. Da fé por oração.

Sou do que valeu a pena. De momentos eternos. Das lembranças. Sou sem vergonha de ser.
Ita Portugal

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