14 de Março é Dia Nacional da Poesia no Brasil.
A data foi criada em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, poeta brasileiro nascido em 14 de março de 1847. Frederico de Castro Alves ficou conhecido como o poeta dos escravos por ter lutado arduamente pela abolição da escravatura no Brasil.
A data foi criada em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, poeta brasileiro nascido em 14 de março de 1847. Frederico de Castro Alves ficou conhecido como o poeta dos escravos por ter lutado arduamente pela abolição da escravatura no Brasil.
Maria Lúcia Ferreira Um brinde ao Dia da Poesia e a todos os poetas! Muito obrigada por vocês existirem...
O poema não tem estrofes, tem corpo, o poema não tem versos,
tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se
com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e
incertezas
José Luís Peixoto
MELHORES AMIGOS
Quem são meus melhores amigos ?
A música, o vento, o sol e a lua....
Um toque de passado,
Uma perspectiva de futuro,
Uma sombra, uma ilusão
O futuro em cima do muro.
Piano, saxofone, guitarra,
Música rápida ou lenta,
Estrada longínqua e curventa.
Filme com final feliz, talvez um meio,
Um meio de fugir do branco do ouro,
Um jeito de voltar atrás,
E começar novamente,
E te conhecer novamente
Fazendo tudo igual,
Apenas neste ponto.
Sendo no resto diferente,
Tentando novamente.
Começando não tão cedo,
Nem tão tarde demais.
Ah, viveria tudo mais uma vez,
E diria não, e faria errado, e iria embora antes
Como no Quartel de Abrantes.
Loucos, amigos, vadios, emocionantes.
Notas musicais, japoneses, diamantes.
Os que sobraram:
Estes são os melhores.
Os que atendem o telefone,
Os números poucos que ainda tenho.
Os que se foram e me encontram nas orações,
Muito mais presentes mortos que vivos.
Velhos amigos...
Nem tão velhos assim,
Os mais velhos se perderam no caminho,
Eu os perdi e eles me perderam...
A música, o vento, o sol e a lua....
Foi o que sobrou de tudo.
O som da música,
O alívio do vento,
O calor do sol,
O clarão da lua.
- Copyrigth by Alexandre às 23:33:32
O auto-retrato
No auto-retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore…
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança…
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão…
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança…
Corrigido por um louco!
Mario Quintana
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias,
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças…
Anfiguri
Aquilo que eu ouso
Não é o que quero
Eu quero o repouso
Do que não espero.
Não quero o que tenho
Pelo que custou
Não sei de onde venho
Sei para onde vou.
Homem, sou a fera
Poeta, sou um louco
Amante, sou pai.
Vida, quem me dera…
Amor, dura pouco…
Poesia, ai!…
Vinicius de Moraes
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder… pra me encontrar…
Florbela Espanca
No auto-retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore…
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança…
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão…
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança…
Corrigido por um louco!
Mario Quintana
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias,
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças…
Anfiguri
Aquilo que eu ouso
Não é o que quero
Eu quero o repouso
Do que não espero.
Não quero o que tenho
Pelo que custou
Não sei de onde venho
Sei para onde vou.
Homem, sou a fera
Poeta, sou um louco
Amante, sou pai.
Vida, quem me dera…
Amor, dura pouco…
Poesia, ai!…
Vinicius de Moraes
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder… pra me encontrar…
Florbela Espanca
Belo Belo
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações exitintas há milênios.
E o risco brevíssimo – que foi? passou! – de tantas
· estrelas cadentes.
A autora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia a dentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
- Quero é a delícia de poder sentir as coisas mais
· simples.
Manuel Bandeira
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intacta.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consuma
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Carlos Drummond de Andrade
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
Duas canções de silêncio
Oxford
Ouve como o silêncio
Se fez de repente
Para o nosso amor
Horizontalmente...
Crê apenas no amor
E em mais nada
Cala; escuta o silêncio
Que nos fala
Mais intimamente; ouve
Sossegada
O amor que despetala
O silêncio...
Deixa as palavras à poesia...
Meu poeta maior: Vinicius de Moraes
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações exitintas há milênios.
E o risco brevíssimo – que foi? passou! – de tantas
· estrelas cadentes.
A autora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia a dentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
- Quero é a delícia de poder sentir as coisas mais
· simples.
Manuel Bandeira
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intacta.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consuma
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Carlos Drummond de Andrade
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
Duas canções de silêncio
Oxford
Ouve como o silêncio
Se fez de repente
Para o nosso amor
Horizontalmente...
Crê apenas no amor
E em mais nada
Cala; escuta o silêncio
Que nos fala
Mais intimamente; ouve
Sossegada
O amor que despetala
O silêncio...
Deixa as palavras à poesia...
Meu poeta maior: Vinicius de Moraes
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