Família

A vida não acaba quando ficamos no coração de alguém...
Vida e poesia:ABC, o amigo de você...
09 de fevereiro de 2012
Blog   MLVIDAEPOESIA

25 de fevereiro de 2012

Cobrinhas, não, MARIAS.

Pensando bem... Quem somos nós???
Além de sermos filhas da Nanu e do Senhor Cobra, nascidas na Pitombeira, ao lado do Borge,como reza na nossa identidade, JAGUARUANA.

Anos 50, assim na linha do tempo: 53,54 e 56, em dias juntinhos, 26e27 do mesmo mês, fevereiro. Nasciam Maria Augusta, Fátima Maria e Maria Lúcia.

Meninas pobres, crescidas no interior e filhas de pequenos comerciantes de feiras. O livro chegou-nos bem cedo, e nos conduziu por toda a vida, ora para a instrução, ora para a diversão até mesmo para a profissão e oração; Católicas sempre fomos e devotas de Nossa Senhora. Crescemos ouvindo dizer que tempo é dinheiro e assim lutamos por cada

tostão que hoje conseguimos juntar.

Nosso mundo infantil foi construído de verdade,

com panelas reais, vassoura de palha, sabão pavão e fogão

jangada. Ainda posso ver nossa mãe fazendo pirulitos de açúcar, que enfileirávamos na tábua toda recortada, ou mesmo os tijolinhos de coco.

Ou então, posso ver as ligas amarelas que colocávamos nas dúzias de cabrestos de havaianas; o baú que guardava os melhores pares de sapatos.

Ah, como posso esquecer o canto das galinhas, os ovos quentinhos e a carreira na bodega... Foi assim que começamos a fumar. Marcas diferentes: Continental, Eldorado e BB.

Logo depois vieram os namoros escondidos, as fugidas para as tertúlias, os ídolos, a moda e os desfiles.

Surgiu o casamento, Augusta completando 15 anos e mudando de estado civil. Como brilhavam nossos sapatos de verniz e coçavam nossas meias de crochê...

Nossa casa já era outra de paredes enormes e janelas fundas. O leite era fervido e acompanhava o nosso jantar. Pão quente

Com margarina bem-te-vi completava nosso café da tarde. Havia os que tiravam o miolo e podíamos até ouvir o barulhinho que se fazia nos dentes.

As Marias se separaram. Augusta se casou, Fátima foi trabalhar em Natal e Lúcia conhece a paixão.

Agora a história se transforma, a família Ferreira fica maior com os filhos da Augusta.

Fátima e Lúcia vão para a universidade, conhecem seus JOSÉS...

E tem com eles suas proles.

Depois eles se vão de formas e momentos diferentes, mas deixando muita saudade e sementinhas de um grande amor.

A vida me fez ML e com ela a poesia e a paixão por fotografia.

Deu-me uma filha já feita para com ela aprender e um novo filho derradeiro, herdeiro, quem sabe do amor que tenho pela

Vida.

Agora ponho o café na caneca, algumas bolachinhas dentro dela e espero que aos poucos elas fiquem molhadas e saborosas.

Feliz aniversário para nós, três vezes Parabéns!!!

MLpoesia

A vida nada mais é que sopros de Deus. Sopro que hoje se apaga para Ana Rodrigues, Nanu, minha mãe.

Uma mulher guerreira, uma matemática nata, que contava de cabeça com" nove fora" em que tempo é dinheiro e a verdade tem que ser dita. Uma rainha que construiu seu castelo de sol, mas que buscou a sombra nas árvores que o rodeava. Por trás de tantos sorrisos negados a figura de uma menina pequenina que se escondia na retina de seus invejáveis olhos verdes.Uma mãe que amou sem medida , uma mulher de pequenos gestos e de grandes silêncios....
Choro por você e por mim , minha mãe, neste 13 de maio de 2012, no meu último adeus, sem culpa e com saudade. Saudade daquilo que tanto busquei pra mim, que me fez gritar e que Deus na sua infinita sabedoria me transformou , no SER MÃE. Agora , nesta festa celeste, quero entregar-lhe , Ó minha mãe Maria , a sua filha, Ana, para que contigo estejas. Louvado, seja Deus!

Sua filha Maria Lúcia

14 de maio de 2012

Vanessa e Rafael